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segunda-feira, março 28, 2005

Novo Livro de José Saramago 

Enquanto fazia tempo para ver o filme "A casa dos punhais assasinos" resolvi pôr-me a ver a montra da livraria do Saldanha. Lá estava o Marques, o Brown, o Coelho e ...o Saramago??? Olá - disse - tu, na montra? Temos novidades!



Até suponho que sou um gajo medianamente informado. Gosto de ler um jornal, ouvir rádio mas não sabia que o Zé tinha lançado mais um livrinho. Da última vez que o Zé publicou, foi um problema: votos em branco, atentados à Democracia, injúrias e calúnias. Enfim...o habitual. Agora "eles" foram mais espertos: fizeram a coisa pela calada.

Evidentemente, comprei o livro e no dia seguinte estava lido. O livro baseia-se na opera D. Giovanni de Mozart, que é conveniente conhecer antes de ler esta peça de teatro. Senão, não se percebe nada do que o autor nos quer dizer. Não vou fazer uma crítica, digo só que gostei. De qualquer modo deixo os endereços abaixo para se quiserem saber mais:

Folha Online

Editorial Caminho:Don Giovanni ou O dissoluto absolvido

segunda-feira, março 21, 2005

Tapete vermelho para: 

A Primavera. Os gatinhos com as gatinhas, os caezinhos com as cadelinhas, os passarinhos com as passarinhas, os porquinhos com as porquinhas, os florzinhos com as florzinhas...o início de mais um ciclo. Que bonito. Dá vontade de pegar numa cacadeira e começar a época de caça mais cedo. Raios partam, os bichos que não me deixam dormir com tanta ladrar, arranhar e cantar. Já para não falar das alergias e do polén.

A Chuva. Finalmente caiu sobre Lisboa e graças a ela consegui demorar mais de duas horas no trânsito.

A Poesia. Hoje é o dia Internacional da Poesia. No Sábado passado foi dia do Pai. À duas semanas o dia da mulher. Começa a ficar rotineiro...todos os anos a mesma coisa, sempre as mesmas notícias.

A Olga pelo Simples Opiniões. Seja bem vinda à blogosfera.

quinta-feira, março 17, 2005

A meia-Maratona de Lisboa 

O início, como de costume, foi na margem sul com os habituais aquecimentos de: pescoço, costas, anca, joelhos e tornozelos. Por conveniência vou referir os km´s que faltam. Neste ponto faltava percorrer 21km. Tinha o meu objectivo muito claro: queria chegar ao fim da corrida agradando ao Público.

Deu-se a partida e lentamente comecei a correr. Ia despreocupadamente a apreciar a bela vista que se tem em cima do tabuleiro da ponte.

Na saída, languidamente separei-me dos corredores da mini-maratona. Estes seguiam logo para a meta enquanto que os da meia, mais capazes, iam noutra direcção explorando, com o público, a cidade. (km 16)

Eu e o público: subíamos, descíamos. Percorríamos curvas, ora apertadas, ora largas. Mais rápido ou mais devagar como mais gostássemos. (km13)

O público puxava por mim. O meu corpo começou a dar-me sinais. Os meus músculos alternavam de um estado de alguma tensão para ligeira descompressão.
Mas, e devido ao esforço, havia um aumentando de sangue bombeado a cada km percorrido. (km 10)

Sempre em movimento com mais energia e força, cada vez mais depressa. Rápido mas firme. (km 8)

A respiração era pesada e tinha calor. Transpirava e o suor escorria por todo o meu corpo. O público vibrava.(km 6)

Quando recebia água, não me limitava a beber. Vertia-a sobre mim. Sentia o choque da temperatura...era bom. O público estava em êxtase.(km 4)

Dizia a mim mesmo que ...estava quase - só faltava mais um bocadinho.(km 3)

Era um Hércules. Um potentado de masculinidade. O público era só prazer. (km 2)

Já não conseguia parar.( km 1)

A apoteose dos prazeres. (km 0).

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És o maior sussurrou o público. Sou o maior disse.
Chegou a hora do aconchego, arrefecer os motores e receber o merecido descanso depois de mais uma prova cumprida com sucesso.

terça-feira, março 15, 2005

Rumo ao Sul 

Entrada: azeitonas, queijo de ovelha, pão alentejano.

Bebida: vinho tinto.


Prato principal: sopas de molho cação com laranja descascada e cortada as rodelas.

Companhia: família.

terça-feira, março 08, 2005

Dia Internacional da Mulher 



Parabéns meninas!!!

Amanhã

Baby lónia

Blogotinha

Brams de lata

Crónicas de uma boa malandra

Delirios 2004

Kalidryad

Les icones de Diane Lynch

Linguagem das Flores

Lolita

O código de Santiago

Objectiva3

Pandora´s Box

Puta de vida...ou nem tanto.

Repensando

VOID

quarta-feira, março 02, 2005

Siddhartha 

Todas as pessoas têm uma ferida no coração. É disso que trata este livro. A solução, para este problema existencial segundo Hermann Hesse é espiritual e Siddharta descobriu-a.



Breve enquadramento:

Desde muito novo que Hermann Hesse têm contacto com o mundo religioso, os seus pais eram missionários protestantes e por parte da família da mãe tinha um avô especializado nas história e línguas do Sul da Índia. Três anos após ter abandonado a mulher que fora internada no manicómio, ter publicado ?Demian? (que é o que estou a ler) e um ano depois de ter começado a receber sessões de psicanálise com C.G. Jung. Hesse, em 1922, publica Siddharta ? um poema Indiano.

Do que trata o livrinho:

O bem e o mal. O saber e os sentidos. A ilusão e a realidade. O tudo e o nada. O povo das crianças e os outros. Podem pensar que são opostos, mas na verdade são contraditórios. A diferente é que estes não se anulam: complementam-se. Daqui surge o equilíbrio, a estabilidade necessária para encontrar o Eu. Este encontro é algo que não se explica por palavras, mas sim por actos, isto porque as palavras definem o que são e o que não são. Este encontro é um acontecimento único e intransmissível. Sabe-se que determinada pessoa passou por ele, através das suas acções, mas os seus ensinamentos de nada servem sem uma verdadeira procura interior. Como Buda conseguiu ser iluminado pode não servir para mim/leitor(a). Só através das experiências da vida e de uma maior consciência para aceitar/mudar os factos é que se chega ao EU.

Mas o livro não acaba aqui.

A relação Eu/Outros, como não podia deixar de ser, também é explorada. Siddharta encontra a sua resposta e completa o seu sentido não só para a sua vida mas para toda a experiência da existência Humana.

Conclusão:
Este é um excelente livro, não só pelo assunto, nem por ter ganho o Prémio Nobel (1946), mas porque todo o livro está assente em acções complementares que juntas ganham um sentido maior. Completamente diferente do que já tinha lido até aqui. É um livro de uma rara beleza. Não é possível ficar indiferente. Por mais que eu tente explicar o livro vou ficar sempre aquém do que pretendo. Acreditem se quiserem: este livro é único e intrasmissível.

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