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terça-feira, maio 25, 2004

Filosofia de Café 

O que é certo? o que é errado? O que devemos fazer, onde devemos ir? o que devemos ser? Tudo isto têm a ver com opções. Como podemos saber se o que vai acontecer é o melhor? Não sabemos, pensamos que sabemos. Por vezes por qualquer acontecimento, as coisas não correm tão bem como queríamos, e então o que pensamos sobre o que fizemos? Que erramos? Que falhamos? Tudo remete para a relação entre o “Eu” e o meio. É sobre esta negociação e inspirado em conversas de café, que resolvi escrever.

Raras são ás vezes que não conseguimos um objectivos, se tentarmos a sério. Será? Isto claro, se sabemos o que queremos (o que já não é fácil) em principio é uma “coisa” que não temos. Senão onde estava a dificuldade? Há duas opções:

· Objectivo nos procura,
· Procuramos o objectivo

O primeiro caso era agradável, não tínhamos trabalho nenhum, era só esperar e aproveitar. Este é o caso da nota que se encontra no chão (presumindo que a pessoa procura dinheiro), ou de um ganho inesperado de qualquer coisa. Não foi uma negociação, mas uma oferta.

No segundo caso, que é a maioria das vezes, queremos algo, como tal, tentamos usar o que sabemos do “nosso” modo, portanto e a partida para nós, o correcto. Aqui ou se é bem sucedido ou não. Se sim foi porque percebemos o modo como negociar e, pagamos o preço exigido. Mas as coisa não são assim tão simples, porque geralmente não sabemos como fazer, para pagar um valor que também desconhecemos.
Um exemplo, o Paulo quer se engenheiro Electrotécnico, têm 28 anos e um salário medíocre de um banal funcionário público. Portanto sabe onde está, e onde pretende chegar, para isso decide inscrever-se numa faculdade particular. A vida da nossa cobaia, era de dia ser subsecretário de assistente do arquivista da 23ª Repartição de Lisboa e de noite, estudante de electrotecnia. Até que após 7 anos e um considerável número de chumbos, obteve o seu “objectivo”.
Ele chumbou bastante, não que fosse burro, a questão era que não estava preparado para fazer as cadeiras. Faltava-lhe: organização, método, disciplina, etc...
Isto por ter passado por situações que não estava habituado e que não previa. Enriqueceu-se porque apesar de chumbar várias vezes a uma qualquer cadeira, esforçava-se sempre para a fazer (no semestre seguinte) Se ele tivesse desistido, teria ficado na mesma. Notem que foi difícil (para ele), e isso significa que teve de evoluir. Nunca desistiu do seu objectivo e isso levou-o a obter não só um canudo, mas também uma mudança nos seus valores. Resumindo é necessário: um objectivo, a luta constante em “sentir” as dificuldades e uma grande dose de paciência para, não só atingir qualquer coisa, mas para nos melhorarmos.

Se Paulo fosse da Swazilândia, consegui? Acho que não. O meio é limitador, até um determinado nível, senão como se explica o avanço da Humanidade?

O que distingue um homem (mulher) “Descobridor” de um homem (mulher) normal não foi o terem nascido sobredotados, ou sob influência de determinada estrela, mas o que atingiram. Eles não se limitaram a atingir o que se propunham, conseguiram-no aprendendo com os muitos falhanços, fracassos, desgraças e chatices. Eles tornaram-se diferentes por serem os primeiros humanos a conseguir o que até ai, nenhum parceiro da mesma espécie tinha conseguido. Por isso alteraram o meio e mostraram-nos “coisas” novas. Serão relembrados, porque contribuíram para o progresso da Humanidade.


Comments:
"O q não te mata, torna-te + forte"

RP.
 
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