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quinta-feira, junho 30, 2005

"Whats the price of love got to do with love" - Client 

Ontem durante a hora de almoço, enquanto acompanhava um colega, numa impaciente fila de espera do MacDonals (nota: eu não almoço nestes restaurantes), reparei que o jovem à minha frente estava, concentrado, a escrever uma mensagem no telemóvel. Não resisti...

A Sara (destinatário) ia, em breve receber uma mensagem a dizer (mais ou menos) isto: "Sei que não podemos ter mais nada um a ver com o outro, mas fica a saber que nunca mais vais encontrar um homem que te vai amar tanto como eu te amei."

O nível de bazófia deste gajo estava incrivelmente elevado!!! Se bem que o rapaz se sente rejeitado (e quem não foi já), não é motivo para fazer afirmações parvas daquela, quando as pessoas são mal formadas...mas também há mulheres assim (o que não é desculpa).

O gajo devia sentir-se mal pela rejeição, talvez até o pior gajo do Mundo, sem sorte, etc...talvez não se lembre que...dai a algumas semanas, ou meses...talvez dias a Sara esqueceu-se dele e ele, vai arranjar outra Sara (ou Manela, ou Rosarinho, ou ...). É assim que funciona. "Whats the price of love got to do with love", como dizem os Client (banda de música)?

terça-feira, junho 21, 2005

Os livros que li, ultimamente: 

-"De profundis", José Cardoso Pires;
-"Memórias das minhas putas tristes", Gabriel Garcia Marques;
-"Memorial do Convento", José Saramago;
-"O velho e o mar", Ernest Hemingway;

e

-"Sexus" do Henry Miller(por metade).

segunda-feira, junho 06, 2005

SBSR (IIº dia) 

Já passa uma semana que fui (ou foi) o festival, mas como o prometido é indevido, tenho de escrever sobre os dois últimos dias.

Os "Black Eye Peas", tem uma rotina muito bem estudadinha, claro que não esqueceram a criatividade individual de cada elemento do grupo, nem as improvisações de algumas músicas. Mas cenas como: bracinhos no ar, meninos contra meninas, a gritar: "Portugal", para obterem uma reacção do público, foram um bocado forçadas. E o público apercebeu-se disso, no fim da actuação, o público-alvo ficou contente: as meninas de 12 anos não vão esquecer tão facilmente este grupo. Quanto ao resto da malta, enquanto os artistas agradeciam gritavam:"És tão boa, és tão boa" e "despe, despe", obviamente dirigidos à portentosa vocalista. Honra lhes seja feita, não foi fácil por 20 mil pessoas a gritar o mesmo.

Os portugueses "loto" foram uma merda. De todos os que passaram pelo palco secundário
estes gajos foram os únicos que, para terem alguma reacção do público, gritaram:"SLB". Foi de fugir!!! É que não há paciência para esta malta!

Felizmente que a partir daqui foi ESPECTACULAR. "New Order" foi dos melhores concertos que já vi. Será por saber as letras de cor, se por ter "quase" todos os álbuns da banda? Pois seja, acho que os gajos tiveram muito bem mesmo. A experiência de longos anos juntos, a longa carreira, os sucessos e fracassos.
Estava um pouco apreensivo, sem saber se iam ou não tocar algumas músicas de Joy Divison, mas sem complexos, e muito naturalmente, tocaram: " Love will tear us apart", "Atmosfere", "She lost control" e "Transmisson". O resto foi músicas deles. Tivemos no fim o "Blue Monday" com uns toques de Kylie minoge. Genial, simplesmente genial.

Os "The gift" tiveram muito nível, conseguiram fazer uma boa transição para "Moby", apresentaram novas músicas do novo álbum e tiveram a melhor prestação das bandas portugueses.

"Moby" foi do techno ao rock, passando pela underground dance music. De lembrar os seus constantes "tanky u, thanky u" tipo duffy duck e a energia que consegui transmitir. O modo como homenageou os Joy Divison (cantando uma música deles), cantou Johnny Cash "circle of fire". Mostrou que tem um enorme poder de síntese, e que aproveita várias influências para a sua música.

Tanto os "New Order" como "Moby", não fizeram teatro, não andaram a incitar o público com brincadeirinhas da treta. Eles não precisam disso, a música é boa e pronto!

quarta-feira, junho 01, 2005

SBSR (Iº dia) 

Super-Bock/ Super-Rock (SBSR) estive lá os três dias, mas não desde a abertura das portas. O festival realizou-se na foz do rio Trancão...fez-me lembrar que há uns anos do rio vinha um cheio nauseabundo, e antes da Expo 98 aquele monte do lado do rio era uma lixeira a céu aberto, diga-se aquele monte mesmo ao pé das novas habitações provavelmente de luxo, ou perdoem-me a banalidade habitações de lixo (perceberam luxo/lixo). O.k., o autor pede desculpas ao leitor, mais desprevenido e eventualmente com uma casa na zona da Expo.

Este festival foi tipo entremeada, uma banda Tuga, uma banda americana, banda Tuga, banda de bifes, e por ai fora, and so on and so on,....

Na sexta comecei por ver os "Tara perdida", herdeiros dos "Censurados", e a provar que quem sai aos seus não se regenera. A mesma energia, o mesmo vigor, a malta motivada, o Rock português (porque o gajo cantava em Português), com as mesmas palavras/expressões do costume: "trabalho é duro", "sou mal pago", "um dia vou vencer"...a mesma revolta por tudo e por nada... de início não gostei , mas à medida que o resto das bandas portuguesas (mas que cantavam em inglês) desfilavam (ou definhavam), verifiquei que realmente era eu que estava a ser um bocado...exigente demais. A experiência conta para alguma coisa e eles provaram (acho eu) que, têm valor, e sem arrogâncias (sou eu que continuo a achar).

No palco principal os "The 80´s Matchbox B-line Disaster", que não conheci e sinceramente, depois de ouvir durante 15m, não quero conhecer. O público motivado pelos "Tara perdida", desmoralizou...ou melhor esmoreceu. Os gajos eram tão bons, que a maior parte das pessoas aproveitou o momento para conhecer ir até à retrete. Ou a andar nos carrinhos de choque e comer/beber qualquer coisinha.

Continuando com a romaria. Os "Primitive Reson" eram os próximos entertainers. Até conhecia o primeiro álbum deles, mas ao vivo, não me convenceram, quiseram tanto fazer da sua música, uma coisa diferente que acabaram por fazer a mesma coisa que os outros. Uma banda que teve dois ou três sucessos nas rádios e depois...suspeito que a futura carreira deles deve ser: concertos/ queimas das fitas/ romarias de pequenas vilas/ casamentos e devem acabar na sargeta

Os "Incubus", são uns "Primitive", mas Americanos. Com uma pretensão em serem uma banda à séria...a música deles é um enorme bocejo. Uma seca, salvo aquele sucesso que tiveram há uns anos atrás (não me lembro exactamente so ano) e também não recordo o nome. Mas o vocalista no fim lá foi dizendo com muita cara-de-pau :"buy our new album"...pois, é que é p´ra já!!!

Heavy metal português + cantar em Inglês + comédia = "The Temple". Toda a actuação foi uma gargalhada pegada por ver aquelas manias do heavy metal Português de a 15 anos atrás. Gostei especialmente da parte em que o vocalista disse:

- Atenção que agora vamos tocar uma música muito especial. A música para uma dança!
(Silêncio no público)

- É a dança da guerra! IIIIIAUUUUUUUUUU! E a seguir o gajo pega numa pandeireta e começa a bater com ela na anca...? mas o quê é isto? juro que fui às lágrimas...de tanto rir.

"System of a Down" conhecia pouco, mas o que ouvi levou-me a querer conhecer mais...ou pelo menos mais algumas músicas. No dia anterior, houve um especial na Antena 3 do António Sérgio, sobre eles, e fiquei com algumas músicas no ouvido. Foi a única banda (pelo menos que visse) em que o público saltou e andou a cair para cima uns dos outros. A música, agressiva, conseguiu com que as pessoas se exprimissem. Gostei.

Os "Blasted Mechanism" estão a ficar melhores, já os vi pelos menos umas 4 vezes em festivais (a 1ª num SBSR em Algés, corria o ano da desgraça de 1998) as fatiotas e todo aquele teatro é um complemento do tipo de música que tocam, de um modo muito despretensioso, conseguiram fazer com que um público que tinha levado com um agressivo estilo metaleiro, entra-se nos ritmos mais electrónicos, mantendo o mesmo entusiasmo. Em vez de andar aos encontroes, havia gente que estava a dançar . Uma banda portuguesa muito aceitável em concertos e estão a evoluir.

"The Prodigy" foi um desilusão, conheço os 4 álbuns que editaram e sinceramente salvos os dois primeiros cd´s e 3 faixas dos últimos dois, o resto é lixo. É ver como uma banda que foi pioneira num estilo, decai na sarjeta, sem direito a passagem por romarias de pequenas vilas/ casamentos. Durante o concerto só quando tocaram as músicas mais antigas é que o público vibrou. Dos originais 4 elementos, já só restam três, e depois as vocalizações daquele elemento com o cabelo rapado no meio (não me está a apetecer ir saber o nome), aquilo é uma música/letra forçada (ou violada) só para o menino cantar.
No fim ainda tem a coragem de dizer: "buy our album". Mas o que é isto? Que fecho mais merdoso.

Estava a contar com mais no primeiro dia. A qualidade das bandas, ficou muito abaixo do que se esperava. Pagamos para entrar no recinto e depois por uma cerveja (o festival era patrocinado por esta marca), ainda custa um exorbitância. Um roubo. Quem saio prejudicado foi o pobre trabalhador que pensava em alienar-se através do álcool e devido aos preços proibitivos não conseguiu ir mais além que uma ligeira má disposição. Bandidos. Canalhas...malandros.

Aniversário da Objectiva 3 

Parabéns, Cristina tens um excelente blog. De topo, dos melhores...adoro, adoro, adoro!!!

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