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quinta-feira, agosto 05, 2004

As Notícias - Comunicado 

O Público de ontem, publicou a notícia de que Portas Poupou 8 Milhões de Euros com Central de Compras , pela jornalista CATARINA PEREIRA.

O texto parece ser um resumo da comunicação feita por Paulo Portas. Onde está o trabalho de verificar se é verdade ou não o que ele diz. Onde estão as fontes independentes? Será que esta gente come tudo o que lhes dão?
Isto é sintomático. Fica a sensação, depois de se ter lido o artigo que se podia ao menos falar com alguém da oposição, nem que seja para ver outro ponto de vista.

O populismo não passa só por políticos demagogos, mas também por uma informação acrítica.

Comments:
Quando me refiro a artigo, é de informação.

Aos artigos de opinião chamo artigos de opinião (daaaaaa). Se forem feitas de modo regular, então são crónicas.

Magnif, a tua opinião é ouvida. Por vezes escolho fazer outras coisas, porque a decisão é sempre minha tal como a responsabilidade (até parece uma coisa séria).
 
Mas Magnif, o problema do artigo que certamente leste é que:

-As informações não foram verificadas. Pior: Não foram postas em causa.Informação é diferente de "comer, sempre, a sopinha toda".
-Aquilo é só Portas isto, Portas aquilo, quer seja o Portas ou não o argumento dele baseia-se em que? Que tipo de dados concretos têm? se eu quiser consulta-los vou aonde?
-Houve um claro defice de informação porque ficaram perguntas, que eu (e não só), queria saber. Como por exemplo: "Isso é só do orçamento do Ministério da defesa ou do mar?"; "poupou em relação a que? a um orçamento feito por quem? por si, bandalho? ah, porco?(a última pergunta é opcional").
-toda a informação tem pés-de-barro. Tudo é relativo, a uns números aventados pelo próprio para se autopromover.
 
Desculpa Melga, mas mais uma referência à querida instituição a que ambos, orgulhosamente pertencemos e desta de um dos já jubilados, o Farinha: " A Física sem quantificação é Filosofia ". A Política sem Informação Credível é o quê?
Motivação para a denúncia no Blog do Melga.
Rui Pedro.
 
A função do jornalista não é facilmente redutível a uma qualquer frase lapidar. É complexa e, por isso, sujeita a códigos de ética instituídos e pessoais. Códigos que não substituem, não obstante, o senso comum.

Sobre a notícia, que li, nada vejo de enviezado nem distorcido. O jornalista apresenta uma notícia que não inventou, que tem uma fonte que ele, o jornalista, considera credível e séria. E isso deve bastar: entra aqui o senso comum. De resto, escrutinar todos os pontos de vista, todas as opiniões e ângulos possíveis, bem como avaliar escrupulosamente todos os pormenores relacionados com a mesma, tornariam o acto de produzir um jornal diário tarefa para dezenas de milhar de pessoas. É sempre ele, o senso comum, a decidir se a coisa está, ou não, pronta.

É nessa pesagem, nessa decisão, nesse "olho para a coisa", obtido à custa de muito trabalho e muita seriedade intelectual, é nisso que reside a excelência de que falas noutro artigo. É assim que se fazem as coisas bem feitas. E o jornalismo não é excepção!
 
Ò Cláudio, acho que o senso comum, tem pouco a ver com códigos deontológicos, e ainda bem, senão quem não comprava jornais era eu. Tudo o que é feito pelo homem é subjectivo, mas há limites...´
Num jornal o responsável não é só o jornalista mas também o director. Ou seja são duas pessoas com sensos comuns diferentes.

Não é preciso todos os pontos de vista, é preciso pelo menos mais que um.

Uma notícia em que ele fala sobre ele próprio, sem uma outra qualquer fonte, é publicidade não notícia.

Abraço
 
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