quinta-feira, setembro 16, 2004
"Alegria Breve" do Vergílio Ferreira
É o que ando a ler. Mas não é só para dizer o que ando a ler que escrevo este post. Mas, para contar o modo como estou a ler este livro. Este é diferente. Apesar de não ter lido(de um modo geral) tanto como gostava, ou até do que podia queria opinar sobre o tema.
Todos nós quando estamos entusiasmados por um livro, temos vontade de: o ler mais depressa, o absorver, o beber de um trago ou de o comer numa trincada. Isto resulta de um meio caminho entre o(s) assunto(s) do livro e o interesse do leitor. Por vezes há livros "muito bons", mas que o tema não é nada apelativo ao leitor, por isso não há a necessidade que falei acima.
Mas o "Alegria breve" é diferente. Presumo que o autor se inspirou no Camus e Sartre, porque o tema é muito próximo mas é inovador, no sentido de ser mais denso. Quero dizer que liga várias histórias, em tempos diferentes no mesmo texto.
O autor, comparado com os outros dois escritores, consegue ser mais psicológico, de uma violência constante.
Pela primeira vez, querendo, só consigo ler um capítulo de cada vez. E vontade não me falta, o que não tenho é estômago que aguente. Um exemplo é a primeira frase: "Hoje, enterrei a minha mulher". Parece que ao ler estamos envolvidos por uma densa selva, um local novo que não sabia que existia. Muitas vezes dou por mim a pensar:" Isto não se pode tornar mais brutal". Para na próxima linha, voltar a pensar o mesmo. Como é isto possível? Acho que há uma invulgar confluência da necessidade do leitor (neste caso eu) e o tema do livro (a existência).
Tenho a certeza que voltarei a este assunto.
Todos nós quando estamos entusiasmados por um livro, temos vontade de: o ler mais depressa, o absorver, o beber de um trago ou de o comer numa trincada. Isto resulta de um meio caminho entre o(s) assunto(s) do livro e o interesse do leitor. Por vezes há livros "muito bons", mas que o tema não é nada apelativo ao leitor, por isso não há a necessidade que falei acima.
Mas o "Alegria breve" é diferente. Presumo que o autor se inspirou no Camus e Sartre, porque o tema é muito próximo mas é inovador, no sentido de ser mais denso. Quero dizer que liga várias histórias, em tempos diferentes no mesmo texto.
O autor, comparado com os outros dois escritores, consegue ser mais psicológico, de uma violência constante.
Pela primeira vez, querendo, só consigo ler um capítulo de cada vez. E vontade não me falta, o que não tenho é estômago que aguente. Um exemplo é a primeira frase: "Hoje, enterrei a minha mulher". Parece que ao ler estamos envolvidos por uma densa selva, um local novo que não sabia que existia. Muitas vezes dou por mim a pensar:" Isto não se pode tornar mais brutal". Para na próxima linha, voltar a pensar o mesmo. Como é isto possível? Acho que há uma invulgar confluência da necessidade do leitor (neste caso eu) e o tema do livro (a existência).
Tenho a certeza que voltarei a este assunto.
Comments:
Essa confluência, entre o anseio do leitor e o fornecido ou debatido pelo autor, é assaz frequente, caro Francisco, em especial quando lidamos com gente que trabalha a existência, gente como Vergílio Ferreira e os citados Sartre e Camus.
Oh! Melguinha tão querido!que lindo sorriso! tá dormindo, pois...durma bem e quando acordar apanhe estes beijinhos e a promessa de que vou ler o teu post de fio a pavio...um dia eheheh Abração
Então Francisco, tudo bem?
Espero que sim.
Aqui fica o meu e'mail: rodrigo_rosa_ribeiro@hotmail.com
Até á próxima.
Um abraço
Rodrigo Ribeiro
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Até á próxima.
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Rodrigo Ribeiro