quinta-feira, março 17, 2005
A meia-Maratona de Lisboa
O início, como de costume, foi na margem sul com os habituais aquecimentos de: pescoço, costas, anca, joelhos e tornozelos. Por conveniência vou referir os km´s que faltam. Neste ponto faltava percorrer 21km. Tinha o meu objectivo muito claro: queria chegar ao fim da corrida agradando ao Público.
Deu-se a partida e lentamente comecei a correr. Ia despreocupadamente a apreciar a bela vista que se tem em cima do tabuleiro da ponte.
Na saída, languidamente separei-me dos corredores da mini-maratona. Estes seguiam logo para a meta enquanto que os da meia, mais capazes, iam noutra direcção explorando, com o público, a cidade. (km 16)
Eu e o público: subíamos, descíamos. Percorríamos curvas, ora apertadas, ora largas. Mais rápido ou mais devagar como mais gostássemos. (km13)
O público puxava por mim. O meu corpo começou a dar-me sinais. Os meus músculos alternavam de um estado de alguma tensão para ligeira descompressão.
Mas, e devido ao esforço, havia um aumentando de sangue bombeado a cada km percorrido. (km 10)
Sempre em movimento com mais energia e força, cada vez mais depressa. Rápido mas firme. (km 8)
A respiração era pesada e tinha calor. Transpirava e o suor escorria por todo o meu corpo. O público vibrava.(km 6)
Quando recebia água, não me limitava a beber. Vertia-a sobre mim. Sentia o choque da temperatura...era bom. O público estava em êxtase.(km 4)
Dizia a mim mesmo que ...estava quase - só faltava mais um bocadinho.(km 3)
Era um Hércules. Um potentado de masculinidade. O público era só prazer. (km 2)
Já não conseguia parar.( km 1)
A apoteose dos prazeres. (km 0).
.............................
.............................
.............................
És o maior sussurrou o público. Sou o maior disse.
Chegou a hora do aconchego, arrefecer os motores e receber o merecido descanso depois de mais uma prova cumprida com sucesso.
Deu-se a partida e lentamente comecei a correr. Ia despreocupadamente a apreciar a bela vista que se tem em cima do tabuleiro da ponte.
Na saída, languidamente separei-me dos corredores da mini-maratona. Estes seguiam logo para a meta enquanto que os da meia, mais capazes, iam noutra direcção explorando, com o público, a cidade. (km 16)
Eu e o público: subíamos, descíamos. Percorríamos curvas, ora apertadas, ora largas. Mais rápido ou mais devagar como mais gostássemos. (km13)
O público puxava por mim. O meu corpo começou a dar-me sinais. Os meus músculos alternavam de um estado de alguma tensão para ligeira descompressão.
Mas, e devido ao esforço, havia um aumentando de sangue bombeado a cada km percorrido. (km 10)
Sempre em movimento com mais energia e força, cada vez mais depressa. Rápido mas firme. (km 8)
A respiração era pesada e tinha calor. Transpirava e o suor escorria por todo o meu corpo. O público vibrava.(km 6)
Quando recebia água, não me limitava a beber. Vertia-a sobre mim. Sentia o choque da temperatura...era bom. O público estava em êxtase.(km 4)
Dizia a mim mesmo que ...estava quase - só faltava mais um bocadinho.(km 3)
Era um Hércules. Um potentado de masculinidade. O público era só prazer. (km 2)
Já não conseguia parar.( km 1)
A apoteose dos prazeres. (km 0).
.............................
.............................
.............................
És o maior sussurrou o público. Sou o maior disse.
Chegou a hora do aconchego, arrefecer os motores e receber o merecido descanso depois de mais uma prova cumprida com sucesso.
Comments:
É bom quando se tem objectivos, 1.º
2.º quando se cumprem esses objectivos.
Mereceste, sem dúvida, o descanso do resto do dia de Domingo!!
Olga
2.º quando se cumprem esses objectivos.
Mereceste, sem dúvida, o descanso do resto do dia de Domingo!!
Olga
ja fiz duas vezes, mas foi só a mini ;)... nao tenho pedalada pra mais! mas gostei imenso... a vista la de cima é deslumbrante!
Descrição muito criativa. Interessante a percepção do atleta conforme a extensão do esforço. Tomei tamanho apoio do público por ilusão do atleta, ou é real?
Enviar um comentário