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quarta-feira, março 02, 2005

Siddhartha 

Todas as pessoas têm uma ferida no coração. É disso que trata este livro. A solução, para este problema existencial segundo Hermann Hesse é espiritual e Siddharta descobriu-a.



Breve enquadramento:

Desde muito novo que Hermann Hesse têm contacto com o mundo religioso, os seus pais eram missionários protestantes e por parte da família da mãe tinha um avô especializado nas história e línguas do Sul da Índia. Três anos após ter abandonado a mulher que fora internada no manicómio, ter publicado ?Demian? (que é o que estou a ler) e um ano depois de ter começado a receber sessões de psicanálise com C.G. Jung. Hesse, em 1922, publica Siddharta ? um poema Indiano.

Do que trata o livrinho:

O bem e o mal. O saber e os sentidos. A ilusão e a realidade. O tudo e o nada. O povo das crianças e os outros. Podem pensar que são opostos, mas na verdade são contraditórios. A diferente é que estes não se anulam: complementam-se. Daqui surge o equilíbrio, a estabilidade necessária para encontrar o Eu. Este encontro é algo que não se explica por palavras, mas sim por actos, isto porque as palavras definem o que são e o que não são. Este encontro é um acontecimento único e intransmissível. Sabe-se que determinada pessoa passou por ele, através das suas acções, mas os seus ensinamentos de nada servem sem uma verdadeira procura interior. Como Buda conseguiu ser iluminado pode não servir para mim/leitor(a). Só através das experiências da vida e de uma maior consciência para aceitar/mudar os factos é que se chega ao EU.

Mas o livro não acaba aqui.

A relação Eu/Outros, como não podia deixar de ser, também é explorada. Siddharta encontra a sua resposta e completa o seu sentido não só para a sua vida mas para toda a experiência da existência Humana.

Conclusão:
Este é um excelente livro, não só pelo assunto, nem por ter ganho o Prémio Nobel (1946), mas porque todo o livro está assente em acções complementares que juntas ganham um sentido maior. Completamente diferente do que já tinha lido até aqui. É um livro de uma rara beleza. Não é possível ficar indiferente. Por mais que eu tente explicar o livro vou ficar sempre aquém do que pretendo. Acreditem se quiserem: este livro é único e intrasmissível.

Comments:
Eu não diria melhor... já li há algum tempo mas foi um livro que na altura mexeu comigo por toda a sua beleza... mas...
"Tudo o que pode ser pensado com o pensamento ou dito com palavras é parcial..."
beijo
 
é um livro diferente que oferece bastante em que pensar.
 
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