terça-feira, maio 17, 2005
"Mea culpa"
Durante a tarde de Domingo, na pastelaria Dinastia (strip join-peep show), com B. lá recorremos ao álcool e a vários pratos de caracóis para ter aquele efeito de descompressão que só a tasca consegue dar. De entre as conversas referi um artigo que tinha lido na revista "Pública", nesse dia, e que me revoltou o estômago, acerca de um taxista que agrediu a cliente. Depois de uma troca de esclarecimentos, B. disse:
- Se calhar o gajo foi forçado a isso, porque não lhe foi dado mais nenhuma hipótese e tanto lhe lixaram a cabeça, que se passou. De qualquer modo nada justifica a agressão física.
As palavras não foram exactamente estas, mas...acho que o sentido é este. Este é um ponto muito importante que faz todo o sentido.
E porquê este post, hoje? bem...porque, eu, hoje fiz o que o taxista fez. Não nos termos físicos, evidentemente, mas nos termos morais. Eu forcei uma pessoa a decidir uma coisa que inicialmente, a dita, não queria fazer. Tanto chateei, tanto azucrinei, tanto "melgei", tanto aproveitei o vulnerável, que a encostei entre a espada e a parede, retirei à resposta (esteja certa ou errada) à força (não física) e com isso o valor da resposta perdeu-se. Não respeitei a pessoa. Regra nº1, numa sociedade. Se não há respeito, como posso sequer fazer a pergunta? o que me resta depois de agredir a pessoa? pedir desculpas, o que já fiz...mas não é suficiente para repor a falta de respeito. Criancices.
Só passadas umas horas é que tomei consciência do que tinha feito. Demasido tarde.
- Se calhar o gajo foi forçado a isso, porque não lhe foi dado mais nenhuma hipótese e tanto lhe lixaram a cabeça, que se passou. De qualquer modo nada justifica a agressão física.
As palavras não foram exactamente estas, mas...acho que o sentido é este. Este é um ponto muito importante que faz todo o sentido.
E porquê este post, hoje? bem...porque, eu, hoje fiz o que o taxista fez. Não nos termos físicos, evidentemente, mas nos termos morais. Eu forcei uma pessoa a decidir uma coisa que inicialmente, a dita, não queria fazer. Tanto chateei, tanto azucrinei, tanto "melgei", tanto aproveitei o vulnerável, que a encostei entre a espada e a parede, retirei à resposta (esteja certa ou errada) à força (não física) e com isso o valor da resposta perdeu-se. Não respeitei a pessoa. Regra nº1, numa sociedade. Se não há respeito, como posso sequer fazer a pergunta? o que me resta depois de agredir a pessoa? pedir desculpas, o que já fiz...mas não é suficiente para repor a falta de respeito. Criancices.
Só passadas umas horas é que tomei consciência do que tinha feito. Demasido tarde.
Comments:
Pois é, a vida é mesmo assim. Por vezes fazemos coisas que depois nos arrependemos. Mas pensa positivo, pelo menos reconheces-te o erro e pediste desculpa enquanto existem muitas pessoas incapazes de o fazer. E o admitir o erro é de louvar. Espero que resolvas o problema.
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