<$BlogRSDURL$>

domingo, agosto 14, 2005

Peniche 

A8 e depois de IC6, lá cheguei a Atouguia da Baleia, terra antes de Peniche onde está a igreja de São Leonardo, segundo o viajante do livro "Viagem a Portugal" do Saramago é digna de se ver. Pena é estar fechada. Aproveitei para ir beber um cafezinho e dirigi-me à pastelaria "A trincheira" (sim, é verdade, existe uma pastelaria com este nome). No dia seguinte quando sai de Peniche ainda passei por aqui, mas as portas continuavam fechadas.



Quando cheguei a Peniche, foi ao parque de campismo. Montei tão bem a tenda que tive de colocar todo o meu material dentro dela senão à mais leve brisa, iria pelos ares. De construção sólida, como podem ver. Com a barraca armada, lá fui até ao centro de turismo, queria saber a que horas haviam barcos para as Berlengas. Pelo caminho e enquanto lia o mapa, três francesas, pediram-me boleia para o centro da cidade (3 km), vinham carregadas com as: mochilas, tendas, sacos e uma prancha de surf. Como também sou um coração de manteiga, lá às levei. Não lhes disse:"Very white, must go to the beach", não queria passar por saloio. Mas pelo caminho, elas disseram que tinham estado em Lisboa (Alfama) e que tinha havido um gajo que lhes tentou vender haxixe (escândalo!!!). Elas sairam ao pé do posto de turismo e muito me agradeceram. Para mim, não custou nada e até foi interessante conhecer as moçoilas.

De regresso à pista do viajante (do Saramago), dirigiu-me ao porto, para comprar um bilhete para as Berlengas. Custou 17 euros, com partida às 14h 30m (ainda tinha 2 horas a secar). Almocei no restaurante "A gaivota" (sim, foi o mesmo do viajante). Notem: estou só a seguir o gajo, tenho a noção do que faço e não vou cair no rídiculo de ir à mesma casa-de-banho que o viajante. Valha-me a razão! No restaurante, pedi uma espetada de chocos (o viajante foi no cherne). O almocinho estava uma delícia, com um molhinho de manteiga, e uma saladinha. Até me babei todo...comprovei: vale a pena confiar no viajante!!! O gajo sabe o que diz.

Depois do repasto, dei umas voltinhas pela cidade. Cheia de gente e com uma feira ruidoso junto ao forte. Pergunto-me: "o que é que o action men tem a ver com Peniche? ou o spider men". Raios os partam a todos.

Por três vezes tentei entrar na Igreja de São Pedro, mas graças a um casamento fiquei cá fora. Desisti. Voltei para o cais. No dia seguinte tentei de novo, desta vez foi graças a um baptizado.

A caminho da Berlenga vi, do outro lado do cais barcos de pesca e embarcações a serem reparadas, por curiosidade perguntei ao pescador que nos levava se aquilo ainda estava activo. Fiquei aliviado com o "sim", sempre é sinal que aqui ainda há algum trabalho.


O forte de São João Batista está transformado em casa de abrigo. E há casas de pescadores, na ilha. Lindíssima. Selvagem. Com montes de gaivotas e suas crias. Que paisagem. Mesmo assim ainda vi no chão um maço de "Camel", é claro que o apanhei para deitar no lixo.

O viajante não conseguiu ir as Berlengas.

Ainda passei pela Igreja da Misericórdia. Estavam a expor o espólio da igreja e misericórdia para arranjarem fundos para restaurar várias peças (que também estavam expostas). De destacar uma peça em madeira que segundo a lenda foi encontrada ao largo da Berlenga, o tema é a vida de Jesus. As pessoas estão vestidas com roupas medievais e a peça é mesmo lindíssima. Também há pinturas, das quais gostei da pieta, apesar de ter um rasgo na tela.


Jantei a ver o pôr-do-sol perto do cabo carvoeiro.

Cada vez gosto mais desta terra, vale mesmo a pena vir a Peniche.

P.S.-Obrigado Luísa pela dica da net, à borla, em Óbidos.
P.s. II- As fotos não são minhas.

Comments:
Gosto de ler estes teus apontamentos de viagem. Com um livro na mão mas a frescura e o improviso dos teus 26 anos.
Vai-nos dando conta dessas andanças de férias.
É tão bom evadir-nos, não é?
Luísa
 
Eu também gosto imenso de ler Saramago. Tenho quase todas as obras dele.
Não sei explicar o "fenómeno" de associar situações reais a obras do prémio Nobel. Por exemplo:
a) Perto da minha residência, no cruzamento da Av. da República com a Rua de Angola, existem semáforos (como na generalidade dos cruzamentos). Mas é nesse cruzamento, e não noutro, que eu "recrio" a cena do condutor que, após ter parado ao sinal vermelho, não arranca quando surge o verde! Estava cego! (in Ensaio Sobre a Cegueira). E porquê esse cruzamento específico? Porque todos os dias era aí que eu tomava o autocarro quando iniciei a leitura do livro!
b) A Jangada de Pedra. O cão "Achado" (fantástica a forma como Saramago fala do cão), após ter por pouco sido "Perdido", e o espanhol... para mim, o espanhol "mora" (morava) no Monte de Santa Tecla, na estrada marginal entre Tui e Vigo! Quando lá passo, junto da montanha, olho e o meu sub-consciente interroga-se: será aquela a casa do espanhol?
c) A Caverna. As cenas horripilantes nas sub-caves do grande edifício em construção imagino-as num qualquer hiper-mercado da zona oriental de Lisboa!
etc., etc.
Abraço
 
Viajar contigo está a ser divertido. Estranha forma de se viajar sozinho connosco aqui, não?
(Não sei se gostei dessa desenvoltura à Zézé Camarinha, versão soft... ) ;)
Kisses para o amigo de Peniche...
 
Well done!
[url=http://jwpdadww.com/ariy/nvgj.html]My homepage[/url] | [url=http://fidstqsa.com/lkzl/fxrn.html]Cool site[/url]
 
Nice site!
My homepage | Please visit
 
Well done!
http://jwpdadww.com/ariy/nvgj.html | http://zqoxteob.com/ukcp/gdsz.html
 
I will not concur on it. I assume warm-hearted post. Expressly the designation attracted me to review the whole story.
 
Amiable fill someone in on and this mail helped me alot in my college assignement. Thanks you on your information.
 
Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?