Melga

Apesar de ainda não ter acabado de ler “O Crime do Padre Amaro” (esta por dias), resolvi dar uma olhadela, pela “Campanha Alegre” de « As Farpas». O primeiro artigo dá as boas vindas ao Leitor e descreve um pouco do Portugal de 1871. Vale a pena ler.

Junho de 1871

Leitor de bom-senso, abres curiosamente a primeira página deste livrinho, sabe, leitor, celibatário ou casado, proprietário ou produtor, conservador ou revolucionário, velho patuleia ou legitimista hostil, que foi para ti que ele foi escrito- se tens bom-senso! E a ideia de te dar assim todos os meses, enquanto quiseres, cem páginas irónicas, alegres e justas, nasceu no dia em que pudemos descobrir, através da ilusão das aparência, algumas realidades do nosso tempo.

Aproxima-te um pouco de nós, e vê.
O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta a cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferente de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida das mesas das secretárias para as mesas dos cafés. A ruína económica cresce, cresce, cresce...
O comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O estado é considerado na sua acção fiscal com um ladrão e tratado como um inimigo.
Neste salve-se quem puder a burguesia proprietária de casa explora o aluguel. A agiotagem explora o juro.
De resto a ignorância pesa sobre o povo como um nevoeiro. O número das escolas só por si é dramático O professor torna-se um empregado de eleições. A população dos campos, arruinada, vivendo em casebres ignóbeis, sustentando-se de sardinhas e ervas, trabalhando só para o imposto por meio de um agricultura decadente, leva uma vida de miséria entrecortada por penhoras. A intriga política alastra-se por sobre a sonolência enfastiada do País. Apenas a devoção perturba o silêncio da opinião, com padres-nossos maquinais.
Não é uma existência é uma expiação.
E a certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: «o País está perdido!» Ninguém se ilude. Diz-se nos conselhos de ministros e nas estalagens. E que se faz? Atesta-se, conversando e jogando o voltarete, que de Norte a Sul, no Estado, na economia, na moral, o País está desorganizado – e pede-se conhaque!
Assim todas a consciências certificam a podridão; mas todos os temperamentos se dão bem na podridão!

Fim.


Encontrei algumas semelhanças com o Portugal de hoje, gostei especialmente de “A ruína económica cresce, cresce, cresce...”. É de notar que apesar de ter sido escrito antes da Monarquia ter passado para República, desta para Ditadura e regressar a República, as mentalidades Portuguesas mudaram muito pouco. Continuamos reconhecidamente perdidos, desorganizados, inertes, e na podridão.

Proponho para hoje uma coisinha diferente. A receita é composta por:

1 Kg "a pergunta é de um ignorante"
1 litro "não percebe o que se lhe explica"
6 "O senhor não sabe do que está a falar" descascadas
muito "não percebe o que se lhe explica"
1 ministra das Finanças Q.b.
1 deputado do PS
e como guarnição "O senhor não merece o ordenado que recebe".

Se pensavam que as cenas de peixeirada só aconteciam no Mercado, vejam
Conferência de Líderes Irá Debater Insultos de Ministra a Deputado e desenganem-se.

de 1973.

O Supremo Tribunal Chileno, retirou a imunidade de Pinochet. Vai ser finalmente julgado por violação dos direitos Humanos. A defesa do Ex- Ditador ainda pode recorrer da sentença. Segundo a Agência Lusa:

Pinochet é nomeadamente acusado de responsabilidade na chamada "Operação Condor" - um acordo entre as ditaduras sul- americanas dos anos 1970 e 1980 para a perseguição e detenção de dissidentes.

este 11 de Setembro é diferente, os Americanos estavam do lado "certo".
Fico confuso quando, nos telejornais, se refere só 11 de Setembro. Mas de que ano? 2001 ou 1973?

O meu amigo Magnif (nome inventado com o propósito de não ser reconhecido com medo de represálias), criou um Blog, é o Magnif. Têm uma bela apresentação, com um fundo castanho sóbrio. O conteúdo é um pouco mais ...sentimental, mas vale a pena.

Nota: Eu também uso uma alcunha (nome inventado), mas ao contrário do magnif é para não bloquear o trânsito nas principais vias rodoviárias da Capital, devido a multidão de fãs, que fanaticamente me iriam perseguir.

Hoje fui a Feira do Livro em Lisboa. Este ano está um bocadinho diferente. No centro do Parque Eduardo VII, em vez de mesmo encostada as traseiras do Marquês. Mas há mais novidades, a principal, são as barraquinhas de Farturas, mesmo no meio dos stands. É uma delicia, ver senhores e senhoras, rapazes e raparigas, meninos e meninas, Portugueses e Portuguesas (esta foi inspirada nos discursos do Jorge Sampaio), estrangeiros e estrangeiras, gordos e miúdas de boas carnes, a comer o seu Churro, com chocolate ou doce de Morango (2 Euros), e depois de religiosamente deitar o papel ao chão, enfiam as mãos besuntadas de óleo num qualquer livro de: astrologia, maçonaria, extraterrestres, Margarida Rebelo Pinto, Pedro Paixão, etc...
É lindo ver como as capas destes livros reflectem os raios solares. Uma óptima ideia que a organização teve, consegui que as pessoas identificassem os Livros, dos guardanapos de papel.

Acho que a leitura deve ser para todos, mas...custa-me ver a feira do Livro parecer uma mostra de pedaços de papel engordurados. Está certo que, com o dinheiro as editoras fazem com os livros supracitados, conseguem suportar a edição de Livros de saída mais complicada, ou mesmo de apostar em novos (e bons) autores, mas...sinceramente fico chocado no número de pessoas que compra este tipo de livros.

O livro pode ser: bem usado (no caso dos manuais técnicos, dicionários,...), enriquecimento (Literatura, poesia, cultura,...), ou como fonte de embrutecimento (não estimulando a inteligência, a sensibilidade, a lógica, ...).

Reconheço que o texto é um bocado preconceituoso, mas afinal é um artigo de opinião.

O que é certo? o que é errado? O que devemos fazer, onde devemos ir? o que devemos ser? Tudo isto têm a ver com opções. Como podemos saber se o que vai acontecer é o melhor? Não sabemos, pensamos que sabemos. Por vezes por qualquer acontecimento, as coisas não correm tão bem como queríamos, e então o que pensamos sobre o que fizemos? Que erramos? Que falhamos? Tudo remete para a relação entre o “Eu” e o meio. É sobre esta negociação e inspirado em conversas de café, que resolvi escrever.

Raras são ás vezes que não conseguimos um objectivos, se tentarmos a sério. Será? Isto claro, se sabemos o que queremos (o que já não é fácil) em principio é uma “coisa” que não temos. Senão onde estava a dificuldade? Há duas opções:

· Objectivo nos procura,
· Procuramos o objectivo

O primeiro caso era agradável, não tínhamos trabalho nenhum, era só esperar e aproveitar. Este é o caso da nota que se encontra no chão (presumindo que a pessoa procura dinheiro), ou de um ganho inesperado de qualquer coisa. Não foi uma negociação, mas uma oferta.

No segundo caso, que é a maioria das vezes, queremos algo, como tal, tentamos usar o que sabemos do “nosso” modo, portanto e a partida para nós, o correcto. Aqui ou se é bem sucedido ou não. Se sim foi porque percebemos o modo como negociar e, pagamos o preço exigido. Mas as coisa não são assim tão simples, porque geralmente não sabemos como fazer, para pagar um valor que também desconhecemos.
Um exemplo, o Paulo quer se engenheiro Electrotécnico, têm 28 anos e um salário medíocre de um banal funcionário público. Portanto sabe onde está, e onde pretende chegar, para isso decide inscrever-se numa faculdade particular. A vida da nossa cobaia, era de dia ser subsecretário de assistente do arquivista da 23ª Repartição de Lisboa e de noite, estudante de electrotecnia. Até que após 7 anos e um considerável número de chumbos, obteve o seu “objectivo”.
Ele chumbou bastante, não que fosse burro, a questão era que não estava preparado para fazer as cadeiras. Faltava-lhe: organização, método, disciplina, etc...
Isto por ter passado por situações que não estava habituado e que não previa. Enriqueceu-se porque apesar de chumbar várias vezes a uma qualquer cadeira, esforçava-se sempre para a fazer (no semestre seguinte) Se ele tivesse desistido, teria ficado na mesma. Notem que foi difícil (para ele), e isso significa que teve de evoluir. Nunca desistiu do seu objectivo e isso levou-o a obter não só um canudo, mas também uma mudança nos seus valores. Resumindo é necessário: um objectivo, a luta constante em “sentir” as dificuldades e uma grande dose de paciência para, não só atingir qualquer coisa, mas para nos melhorarmos.

Se Paulo fosse da Swazilândia, consegui? Acho que não. O meio é limitador, até um determinado nível, senão como se explica o avanço da Humanidade?

O que distingue um homem (mulher) “Descobridor” de um homem (mulher) normal não foi o terem nascido sobredotados, ou sob influência de determinada estrela, mas o que atingiram. Eles não se limitaram a atingir o que se propunham, conseguiram-no aprendendo com os muitos falhanços, fracassos, desgraças e chatices. Eles tornaram-se diferentes por serem os primeiros humanos a conseguir o que até ai, nenhum parceiro da mesma espécie tinha conseguido. Por isso alteraram o meio e mostraram-nos “coisas” novas. Serão relembrados, porque contribuíram para o progresso da Humanidade.

Pelas 63 primaveras

Ontem, enquanto passeava pela Baixa, aproveitando o céu azul e o tempo quente, aproveitei para ir a procura de um livro que falasse sobre o Eça. Investiguei na Fnac, procurei na Portugal, perguntei na Lello e Irmão, meti conversa com uma Sueca no Editorial Notícias e apesar de haver muita oferta, tinha toda um problema - era caro demais, para um cidadão de "cinto apertado"(no meu caso no pescoço). Passei pela Rua Primeiro de Dezembro, onde Eça morou, levava os bracinhos caidos, o beicinho murcho, e não resisti - verti uma lágrima.

A opção da biblioteca da minha área, já estava exaurida. A quem recorrer? o que fazer? Pensei, pensei, pensei...cheguei a considerar entrar nos novos estúdios da RTP, com a minha familia, ocupar a casa-de-banho do rés-do-chão, dizer que tinha uma granada e que exigia comprar um livro BARATO, senão...

Comecei a percorrer a rua das portas de Santo Antão, e reparei no meu lado direito (vinha do Rossio), na livraria da Impressa Nacional- Casa da Moeda. Entrei, preparado para mais uma nega. Foi quando escrevi uma notinha, para não me esquecer de encomendar um Pizza, quando estiver na casa-de-banho da RTP.

A livraria estava deserta, há excepção do empregado, que se requintava a ler uma revista (sabesse lá de que), por trás do balção. Estantes em duas paredes, quatro pequenos mostradores, com pequenas parteleiras, dispostos na sala de modo geometrico e ordenado. Tudo muito limpo e fresco.

Encontrei um conjunto de pequenos livros que faziam parte da colecção "o essencial de...". E lá estava ele - o Eça. E tinha, como guarnição: Oliveira Martins, Antero, Teófilo, Jaime Reis, etc...
Lentamente abri para ver o preço, e ou contrário da tristeza de concurso que é transmitido na RTP, era o certo(4 Euros)! Parece que podia vê-los. A geração de 70 a sorrir para mim, suportada por uma nuvem, com o Sol radiante pôr trás, e Eça ao centro a dizer: Vai, lê e instroí-te.
Agradeci com duas moedas de dois Euros, colocadas no balção da caixa. E regalado, segui rumo a casa.

P.S.- RTP, não penses que te safas porque se continuares a transmitir o Preço Certo, juro que ocupo a casa-de-banho.

Caso Contra a Greenpeace Anulado

Na passada quarta-feira, foi arquivado o processo contra a GreenPeace?! e mais interessante...Se foi na passada quarta, porque é que demorou dois dias a ser publicada pelo jornal Público?


Acerca da Má nutrição e das etiquetas



Ler as informações do pacote, vale sempre a pena.

Vamos ter etiquetas nos alimentos saúdaveis!!!Oba!!!
Assim já sei, quais os alimentos a evitar. Quero é comer gorduras e açúcares, salgados e fritos, encher as artérias de colestrol e a barriga de banhas. Ficar gordo com o um porco, empanturrar-me de rebuçados, pastéis de nata, e bolas de Berlim com muito, muito, mas mesmo muito, creme (bolas de Berlim sem creme é coisas de...magros, Jesus e a nova Concordata me livrem). Sonho alarvemente em piscinas pejadas de rissois, croquetes, pastéis de bacalhau, e jaquinzinhos em que me lanço, como os gajos na Eurosport, e vorazmente encho o bandulho até rebentar!!! Quero ir para o hospital de emergência, não com um, nem dois, mas com três ataques cardíacos, e mesmo assim enquanto me dão as descargas eléctricas e me enfiam a agulha com a Adrenalina, comer um Kit Kat, fazendo uma pausa e relaxar um pouco antes de levar mais 220 V.

É claro que estou a brincar...ahahahah, não é só um Kit Kat, é uma mão-cheia deles.

Isto é claro que serve como aperitivo ao artigo que saiu no Público, sobre a informação nutricional dos alimentos ser pouco esclarecedora .
Sinceramente acho que vale a pena ler, isto a menos que queiram ir comer um chocolatinho...ou talvez um rissol.

O Barnabé, hoje, comentou a mesma notícia que eu, ontem. Ò glória, ò emoção, como me sinto feliz!!!
É bom saber que um produto do meu muito (mas mesmo muito) suar, têm uma leve semelhança com essa máquina Blog, que é o Barnabé.

Fiquei pois, com a leve (muito leve) impressão de que um dia, provavelmente daqui a muitos, muitos anos, possa ter um lugar ao Sol. Enfim esperanças...

A administração Bush, é uma verdadeira caixinha de surpresas. Depois da inventona das armas de destruição massiça, para invadir o Iraque e a institucionalização do tratamento desumano para "punir" os presos militares (ver Denunciadas "Práticas Brutais de Tortura" na Base Americana de Guantanamo ). Os EUA já apontam para a próxima vítima - a GreenPeace. Esse bando de malfeitores que pretende acabar com o dinheiro fácil à custa das madeiras importadas da Amazónia (ver EUA Querem Classificar Greenpeace como Associação Criminosa ).

A administração acha que para além de escandaloso é ilegal!!! A base da acusação é uma lei que foi criada com um fim completamente diferente, que só foi usada 2 vezes e a última das quais em 1890.

Sinceramente, já não há paciência, para aturar aquela canalha...na Casa Branca, claro.

depois da foto é melhor não escrever nada, pois só iria estragar.

Gostaria de chamar a atenção sobre o texto de opinião O Contrário Disso , de Pedro Strecht, escrito na quinta-feira passada no Público. O texto refere-se á violência como a última epidemia social. A teoria apoia-se na ideia de que durante a infância/adolescência vivemos situações traumáticas que mais tarde, irão despoletar, situações violêntas, as anteriores "vítimas" serão o motor. Isto é um modo de defesa. O modo de quebrar este ciclo vicioso é recordar as próprias situações passadas, de modo a obter experiências construtivas.

Isto prova que a invasão do Iraque por Bush é um claro complexo de Édipo mal resolvido,e que a estratégia Fundamentalista contra os Estados Unidos está completamente errada. Os gajos, para resolver o problema, em vez de bombas humanas deviam mandar psicólogos, ou então, enviar um lote de bonecas insufladas para a casa branca, na primeira opção o presidente ganhava "uma experiência construtiva", na segunda ele podia libertar as suas pulsões negativas de um modo...diferente. Em conclusão, se a Mónica tivesse continuado na Casa Branca, nada disto teria acontecido.

Em termos desta Geração os pioneiros foram: Antero de Quental, Eça de Queirós e Oliveira Martins.

Mais tarde juntou-se Ramalho Ortigão (foi professor de Eça na Faculdade) e secundariamente: Teófilo braga, Gomes Leal, Guerra Junqueiro, Jaime Batalha Reis, Guilherme de Azevedo, Alberto Sampaio, Adolfo Coelho (Pedagogo eminente), e Augusto Soromenho (professor do Curso Superior de Letras).

Se repararem no post, com o título "Geração de 70", enganei-me em relação aos pioneiros. Visto que tinha apontado Teófilo Braga e, na verdade Oliveira Martins, precedeu-o.

Ando a tentar colmatar umas falhas deixadas em mim pelo "nosso" Sistema Educativo e por vezes, tenho certas dificuldades. As minhas desculpas pelo sucedido.

Só quem não faz é que não erra.

Ontem à noitinha , durante a ceia, assisti a uma bom programa na 2 - o Conselho de Estado.
Moderado pelo jornalista Nuno Santos, e sob o tema " Além dos Limites", pretendiam discutir os recentes casos de tortura e humilhação feitos por soldados Americanos. Contava com a participação de: General Loureiro dos Santos, Professor Afonso de Albuquerque (psiquiatra), Coronel Mira Vaz (sociólogo e professor da Academia Militar) e de um Ex- combatente da nossa Guerra Colonial.

Retive três intervenções, que gostava de partilhar connvosco:

I)O Professor Afonso de Albuquerque, afirmou que qualquer pessoa (incluindo as que estavam no debate), podiam fazer o que as mais recentes provas de humilhação mostravam, desde que, incluídos numa estrutura que os desculpabiliza-se dos seus actos. Isto faz-me lembrar à Alemanha do Adolfo, em que a população instruida compartilhava à higienica limpeza de uma boa parte dos Judeus, e notem, de consciência tranquila.

II)O Coronel Mira Vaz, concluio que a nossa experiencia em termos de "tortura" na Guerra Colonial, apesar de termos culpas no cartório podemos erguer a cabeça, porque comparados com outras potência coloniais, fomos os menos maus.

III)O Ex-Combatente (infelizmente não retive o nome) que escreveu um diário durante a Guerra Colonial em Angola, durante 1961 e que recentemente foi publicado. Este Senhor escrevia em todos os pedacinhos de papel que apanhava, chegou inclusive a escrever apoiado na coronha da arma (quando estava cercado pelo inimigo). É de gajo com eles no sítio.
E escrevia porque?
Porque precisava.Era um escape. Nunca teve intenções de publicar era só para manter a sua sanidade mental.Isto é Brutal.

Caro Cláudio

Muito agradeço, a quente recepção e o reafirmar da tua amizade.
Mais uma vez, amigo Cláudio, um profundo e sentido - muito obrigado.

Eu comento, logo existo.
Tu comentas, logo existes.
Ele(Ela)comenta, logo existe.
Nós comentamos, logo existimos.
Vós comentais, logo existeis(será isto bom Portugês?).
Eles(Elas)comentam, logo existem.

Nota importante: É comentam, não CU-Metam.

Nada como uma piada ordinária para fazer subir as audiências. Se o meu Pipi consegue...

Nota muito importante: É Audiências, não AUDI-Encia.

Geração de 70 fez uma Revolução Cultural.

Anteriormente existia o Romantismo, que vinha da Geração de 30, donde se destacou Garrett, Herculano e Camilo Castelo Branco. Após estes grandes autores, institucionalizou-se a cultura paga pelo Estado, consequência de uma monótona ordem burguesa conservadora, resultante do fracasso na Europa das Insurreições (1848) e em Portugal da Regeneração (1851) por o Marechal Saldanha. Basicamente era uma época onde os bons intelectuais eram pagos para produzir “cultura”, havendo também outros bons “intelectuais” pagos para aplaudir. Usavam um sentimentalismo bucólico ou fatalista e um provincianismo culto, baseado no panfleto literário e na literatura “filosófica” de importação.

A geração de 70, pretendiam escapar deste marasmo em que a Cultura Portuguesa se encontrava. Destacam-se entre outros: Antero de Quental, Teófilo Braga e Eça de Queirós . Antero tinha visionárias questões metafísicas e sociais. São conhecidas as suas discussões com Teófilo braga sobre o socialismo e o Republicanismo, produziram um transformação na ideologia política e na estrutura social, que permitiu a posterior Revolução de 1910.

Eça de Queirós, introduziu nas letras Portuguesas o Realismo (influência de Zola). No entanto teve várias experiências estéticas, como por exemplo: decadentismo, dantismo, O naturalismo de Flaubert.

A primeira imagem, os primeiros links...sniff,sinff, não consigo conter a lágrima.
Até parece que foi à 20 dias que nasceu o meu pequeno Blog. Agora já está um homenzinho(mais sniff,sniff), qualquer dia vai ás sortes. Depois Casa, tem pequenos bloges, e no fim morre. É a vida.

Acabei de Ler "A Relíquia" do Eça. É incrivel, este gajo em 18.., fez um livro que satirizava: a vida burguesa, Igreja e o proprio conceito de Religião. É Genial. A escrita os conceitos, são profundos e muito á frente do seu tempo. Tenho ideia de ler os livros todos dele. E é curioso que muita gente que normalmente não lê, tenha feito a excepção ao Eça. Não me refiro à obrigatóriedade da escola secundária, mas por livre e espontânea iniciativa, e não é só uma mas, várias obras. Ler um livro dele é uma experiência verdadeiramente especial. Que previlégio temos em não necessitar de tradução.

O Carlos já está em casa. Vimos imagens em directo da saida, do jornalista a dar murros no vidro do Mercedes dele, seguimos de helicóptero o seu caminho até casa. O Carlos está feliz, o Povo está feliz, e principalmente a TVI está feliz porque informou a opinião pública, contribuindo assim para uma maior consciencialização da problemática.

Mais um episódio nesta sórdida novela que é a Casa Pia, quantos telejornais durará, até que nos fartemos disto?

Quem hoje, sintonizou o rádio na Voxx (91.5), teve um desagradável surpresa. Ouvia-se uma voz que dizia- «Luna Fm, música clássica para a grande Lisboa». Uma chatice. Um incómodo. Um grande pincel. Vamos lá a ver se isto não se repete.