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sexta-feira, julho 30, 2004

Sudão 

No Público Nações Unidas Votam Hoje .

terça-feira, julho 27, 2004

Modelo de Reforma da Educação 

No Diário Económico, Rui Verde assina um artigo de opinião (Wittgenstein) muito interessante sobre a reforma da Educação.

Os tópicos são os seguintes:

I) Mudar o modelo de financiamento, para que haja cheques-ensino. Para famílias mais pobres, maiores cheques. Esta também escolhe o estabelecimento de ensino.

II) Liberdade das escolas em: organização interna, estatutos, orçamental, etc..

III) Competicão entre escolas, através de "rankings", em que se mede o desempenho real dos alunos.

IV) Combate ao abandono escolar, através de incentivos: financeiros, prestígio e desempenho.

V) Ministério passam a funcionar como agências regulador e não tutelar. Agência de financiamento é independente.

É um modelo um bocado à Americana. Mas também é uma ideia, para sair do actual estado de marasmo intelectual.

segunda-feira, julho 26, 2004

Bem vindo Moi/Me 

Andava espectante por uma qualquer nota e/ou escárnio ao post "Easy Rider" quando finalmente alguém (que não conheço) opinou.

E como bónus, a mesma incógnita personagem, comenta o Opiniões sobre: "Filosofia na alcova" de Sade . Acutilante, e inteligente. Boa, fixe.

Estou a preparar a resposta, com calma...

quarta-feira, julho 21, 2004

Diário de Notícias (DN) 

Resolvi dar prémios aos melhores, de hoje.


Prémio melhor Bajulador:

António Costa Pinto, pelo artigo Santana Lopes . Em que o autor, usa metade do espaço para comparar a história de Santana com Durão e Socrates, um quarto para definir populismo e finalmente remata com a brilhante conclusão que o cargo de Primeiro-Ministro é alvo de exposição mediática e que como tal, o héroi, não pode ser assim. A ler se tiverem estômago e/ou não tiverem espinha dorsal.

Prémio Servil:

Ex-equo para: Editorial (Regras e preceitos ) e Luís Delgado (Provas de fogo ).

O primeiro refere a nomeação do antigo director-geral dos Impostos, ou melhor o seu (grande salário). Não fala sobre a concretização de objectivos específicos, ou de gerar mais receitas (neste caso, diminuindo a fraude fiscal), refere só que a função pública tem regras e que não devem ser postas em causa.

O segundo divide-se em duas intervenções:

1-Bajula Durão Barroso, dizendo coisas do genéro "Não há português que não lhe deseje boa sorte".

2-Um pouco mais lírico que o editorial.
Servil à decisão do Ministro das Finanças em demitir o antigo director-geral de impostos, justifica-a não por falta competência mas com o repor da humilhação que afectou a função pública. É como se Bagão fosse o cavaleiro que salva a donzela em apuros.

Prémio bocejo:

Vasco Graça Moura (Agora), pelo costume blá, blá, blá sobre Santana.

Prémio frontalidade:

Francisco Sarsfield Cabral (Arcaísmo), sempre em grande nível. É o único que se aproveita, porque consegue transmitir uma opinião clara, e inteligente.

Na crónica, trata da nossa função pública e compara-a com a Inglesa. Como a nossa lei praticamente impede o despedimento, o gasto em percentagem do PIB, está acima da média, o que impede que por exemplo possa haver mais gastos em despesas sociais - na saúde, na educação, na habitação, como pretende o principal sucessor de Blair.

terça-feira, julho 20, 2004

Bartoon de ontem no "Público" 




segunda-feira, julho 19, 2004

O fim da procura de ... 


(Bobby Fisher, o apanhado!!!)

2010 "O ano do Contacto" 

Ontem à tarde a rtp, transmitiu o filme 2010 " O ano do contacto", com o Ron Shneider, e mais umas vedetas da época.
 


É engraçado ver como nos anos 70, o que Artur C.Clark, imaginou.

 
O filme passa-se em redor de Júpiter, enquanto na Terra, há um episódio de tensão na guerra fria (com sérias hipóteses de conflito nuclear). O filme faz interrogações interessantes sobre: o encontro com outras formas de vida, o "pensar" dos computadores, as nossas limitações enquanto humanos, o sonhar e a criação da vida.
 
As imagens são impressionantes, o argumento genial, é sem dúvida um excelente filmes de ficção científica. Mas acho que, apesar de ter na banda sonora o "Assim falou Zaratustra" de Strauss,  o "2001 Odisseia no Espaço" consegue ter uma melhor atmosfera de mistério que ajuda a manter o espectador agarrado à cadeira. O final do 2001 também é melhor, apesar de incluir 15 minutos de caretas do David  e de luzes a acender e apagar.


sexta-feira, julho 16, 2004

Parabéns Miniscente!!! 

Fazer um ano de escrita, é obra!!!

http://luiscarmelo.blogspot.com//

quarta-feira, julho 14, 2004

Crónica de Prado Coelho-"Analfabetos no Amor" 

A crónica de hoje de Eduardo Prado Coelho Fio do horizonte é acerca da peça "Sorrisos de Bergman".

Gostei das ideias da crónica, que passo a citar:

Na entrevista de José Gameiro que citei em crónica anterior, mostra-se uma contradição fundamental dos nossos dias: por um lado, a relação conjugal não é pensada como definitiva, mas sim como um contrato a prazo. A sua condenação está escrita desde o momento inicial do seu desenvolvimento. Apesar de todas as declarações de eternidade, os amantes inventariam os termos da deterioração desde o primeiro dia em que ela se começa a escrever. O desencanto é negado, mas faz parte do programa desencadeado pelas circunstâncias.

Mas por outro lado, essa vida em comum, que outrora se imaginava inquebrantável, mas que era tanto mais sólida quanto se formalizava institucionalmente, é hoje investida pela mitologia amorosa que a sobrecarrega de todos os mitos e fetiches. Como escreve José Gameiro: "... neste momento há uma cultura do amor. A relação conjugal e o amor tornaram-se um ingrediente fundamental na vida das pessoas. Costumo dizer que cada vez mais os casamentos são contratos de 'leasing', a prazo. Cada vez mais as pessoas dizem: 'ou isto me faz algum sentido em termos de amor, ou então não faz sentido continuar a relação.' O amor é um ingrediente fundamental."


Estas coisas do amor...

"Easy Rider" 

Resolvi tanscrever um excerto de um livro acerca da viagem de um gajo, que antes dos 23 anos resolveu sair da escola e percorrer a Europa à procura da sua própria "cena". Ele queria mais do que o seu meio lhe podia oferecer, derrubou barreiras e criou as suas próprias regras.

Excerto:
Aqui está por que, apenas a idade me possibilitou sair da submissão aos
meus preceptores, abandonei totalmente o estudo das letras. E, decidindo-me a não mais procurar outra ciência além daquela que poderia encontrar em mim mesmo, ou então no grande livro do mundo, aproveitei o resto de minha juventude para viajar, para ver cortes e exércitos, para frequentar pessoas de diferentes humores e condições, para fazer variadas experiências, para pôr a mim mesmo à prova nos reencontros que o destino me propunha e, por toda parte, para refletir a respeito das coisas que se me apresentavam, a fim de que eu pudesse tirar algum proveito delas. Pois acreditava poder encontrar muito mais verdade nos raciocínios que cada um forma no que se refere aos negócios que lhe interessam, e cujo desfecho, se julgou mal, deve penalizá-lo logo em seguida, do que naqueles que um homem de letras forma em seu gabinete a respeito de especulações que não produzem efeito algum e que não lhe acarretam outra consequência salvo, talvez, a de lhe proporcionarem tanto mais vaidade quanto mais afastadas do senso comum, por causa do outro tanto de espírito e artimanha que necessitou empregar no esforço de torná-las prováveis. E eu sempre tive um enorme desejo de aprender a diferenciar o verdadeiro do falso, para ver claramente minhas acções e caminhar com segurança nesta vida.



(René Descartes, o "Easy Rider" do século XVII)

terça-feira, julho 13, 2004

Opiniões sobre: "Filosofia na alcova" de Sade 

Introdução:

Se este livro fosse um anúncio para o recrutamento militar era qualquer coisa do género:
Jovem, se tens menos de 90 anos e mais de ..., curiosidade do teu corpo e queres saber como dar umas com qualidade. Anda, [tempo] vem ler Sade, e terás a carreira de gozo, que sempre ambicionaste.

Pois é, ando a ler este género de livro. Chamam-lhe literatura erótica. É um bocado diferente do que estou habituado. Recordo com saudade quando aos 12 anos (comecei a ler mais novo mas, outras coisas)ia ao quiosque, junto à paragem de autocarros, comprar a melhor literatura irónica da altura-A Gina. Até tinha direito a poster central. Viva à saudade (lágrima, lágrima).

Opiniões:(agora é a sério)

É de conhecimento comum, que a experiência sexual, afecta todas as áreas do homem (e da mulher), desde o amoroso ao cognitivo passando pelo afectivo e relacional. É aqui que Sade se evidência, através da "libertinagem", pretende revolucionar a sociedade de modo a que desinibida de tabus, possa evoluir, duma maneira natural (que em princípio é a melhor). Acho que estamos lentamente, como sociedade, a evoluir neste sentido.

A minha educação católica (que tanto trabalho me deu a deixar), fez-me lembrar os grupos de chimpazes, onde todos acasalam com todos. Sendo uma estratégia de sobrevivência da espécie, visto que como os machos matam as crias que não tem os seus genes (concorrência), como há uma incógnita quanto à filiação, a prole é protegida.
As questão são: A diferença de 2% de material genético não permite outro tipo de soluções? Será que temos de adoptar a mesma estratégia?
Se se fizesse como ele afirma, deixava de fazer sentido: o incesto, o complexo de Édipo, e principalmente a noção de posse.

A questão fundamental:

A questão da posse é fundamental não só no amor mas também na vida. A ideia é que a posse é a fonte de toda a má formação, de egoísmos, vinganças, etc...
Sendo portanto a "cura" uma questão de aprender a partilhar. Sade vai pelo caminho da sexualidade, mas acho que em educação também há partilha.

A minha crítica:

Será este artigo relativista?

segunda-feira, julho 12, 2004

Adivinhem de quem é isto? 

If you're wondering why
All the love that you long for eludes you
And people are rude and cruel to you
I'll tell you why
I'll tell you why
I'll tell you why
I'll tell you why

You just haven't earned it yet, baby
You just haven't earned it, son
You just haven't earned it yet, baby
You must suffer and cry for a longer time
You just haven't earned it yet, baby
And I'm telling you now ...


If you're wondering why
When all I wanted from life was to be Famous
I have tried for so long, it's all gone wrong
I'll tell you why
I'll tell you why
I'll tell you why
I'll tell you why
But you wouldn't believe me


You just haven't earned it yet, baby
You just haven't earned it, son
You just haven't earned it yet, baby
You must suffer and cry for a longer time
You just haven't earned it yet, Baby
And I'm telling you now ...
I'll tell you why
I'll tell you why


Today I am remembering the time
When they pulled me back
And held me down
And looked me in the eyes and said
You just haven't earned it yet, baby
You just haven't earned it, my son
You just haven't earned it yet, baby
You must stay on your own for slightly longer
You just haven't earned it yet baby
And I'm telling you now ...


You just haven't earned it yet, baby
Oh ...
You just haven't earned it yet, baby
Oh ...
Oh



terça-feira, julho 06, 2004

Resposta 

Agredecimentos

Tenho de felicita o Magnif por ter feito o post Boa Mike! sobre a minha opinião de 30 de Junho A vida útil dos posts. Acho muito agradável a discussão de diferentes pontos de vista.
Feitas os honras passemos à questão.

Sustento

I) A ideia do post, era só acrecentar algo a minha "investigação" sobre o propósito do meu blog. Como acho que é uma ideia que muitos blogistas se preocupam, resolvi partilhar com a blogosfera.

II) Se o post é sério ou não, é um juízo de valor que o Sr.magnif faz.

III) Se tivesse lido o Post com atenção teria notado que é precisamente para evitar, que este blog seja do tipo EU, EU , Eu, que penso sobre estes assuntos.

IV) O tom paternalista com que escreveu o post, faz-se desconfiar dessa sua noção de "entretinimento".

V) Obrigado pelo link (tittytainment), mas dispenso.

Contesto

Sendo o seu blog sobre si, têm o mérito de ser coerente desde o primeiro ao último post. Longe da elegância de um Marquês de Sade, ou de um saber de Henry Miller, o Sr. é vulgar e fala quase sempre no mesmo: a minha felicidade, porque é que a mulher dos meus sonhos não quer, eu sou sensível, etc...
É uma mistura entre o sentimentalismo ordinário e o bocejo.

Até me espanta como demorou tanto tempo para começar à "dar os parabéns" as outras pessoas, porquê? cansou-se de si próprio? ou leu os seus post e adormeceu de tédio?
Só uma pessoa muito pouco feliz é que se diverte (entretém) tentando arrastar os outros para o poço de lama,...onde já chafurda há muito.

domingo, julho 04, 2004

A Filosofia e a vida real 

A introdução Filosófica:

A experiência, antecede o pensar, é o suporte do saber. Há inúmeras experiências , mas a vida está limitada por duas: nascer e morrer.
É definida (segundo o Dicionário de Filosofia do Ferrater Moura):

I) Apreensão da realidade, pelo sujeito, antes de juízos.
II) Apreensão sensível (experiências empírica ou intuição sensível)
III) Aprendizagem adquirida através da prática
IV) Confirmação de juízos (exemplo: experimentação científica)
V) "sofrer" algo (exemplo: paixão).

As contrariedades, os teste, o atingir um objectivo são experiências, que têm por objectivo o Discernimento. Para isso há: a Filosofia.

A experiência:

A consulta

Sempre gostei do meu peito. É forte, musculoso, e peludo: um verdadeiro peito de macho.
Numa ida de rotina ao médico, pedi um atestado da minha capaz condição física. Iria servir para provar no ginásio que sou: forte, musculoso, e peludo (próprio de um verdadeiro macho). O Sr. Doutor disse-me que andava muito preocupado com aquelas crises que atingiram dois jogadores de futebol, e que para atestar a minha condição de macho era estritamente necessário submeter-me a um exame.
Ainda tentei uma piadola dizendo: "Ò Sôr Doutor, farto disso tou eu lá na escola".
Graças a este ridículo momento de não humor ganhei não só uma credencial para fazer uma prova de esforço (o tal exame), mas também tive direito a um raios- x (com direito a clister).

A marcação

Marquei os exames com 1 mês de antecedência. Só a prova de esforço, porque o raios -x, só o vou fazer quando nevar no inferno.
Se tivesse mesmo problemas de coração , era capaz de não aguentar tanto tempo.
País de miséria.

O exame

Um pouco antes da hora marcada, lá estava. Um tratamento impecável, só tive de esperar duas horas mas o que é isso comparado, com um mês?
Quando finalmente entrei vi um no gabinete muito asseado com uma mesa de escritório, computador, marquesa, cabide e a máquina do teste.

A máquina longe de ser um objecto kafkiano de dor e tortura era uma vulgar passadeira daquelas onde faço o aquecimento (20 minutos onde suo o meu forte, musculoso e peludo peito) no ginásio. Portanto o truque não estava aqui.
A técnica, rapariga para os 28-29 anos, perguntou-me a razão da prova de esforço, se tinha antecedentes cardíacos. A tudo respondi que não, e que era só para o médico atestar a minha condição física para ginásio (não referi a parte do macho, mas acho que ela reparou). Pediu-me para retirar a t-shirt. E enquanto estava distraído com um pormenor da mesa do escritório, ela pega numa Gilette e zás- rapo-me quatro bocados de pêlo do peito. Justificou-se com a necessidade de ventosas.
O que me durou um adolescência a crescer, foi cortado em menos de um minuto. Fiz a prova meio diminuído. No fim vesti-me e sai deixando um "boa tarde" e um tufo do meu lustroso pêlo.

Conclusão:

Todo este episódio, foi uma nova experiência. Como tal, a Filosofia entre outras, também serve de consolo nos momentos menos bons.


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