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sexta-feira, agosto 27, 2004

Férias (vacaciones, vacation, vakantie, vacances, ferien, vacanza) 



Amigos(as)

Até 13 de Setembro o "Melga" vai estar a repousar.

Obrigado e um abraço

terça-feira, agosto 24, 2004

Deambulações 

Jornais diários

Diário de Notícias

A opinião de Luís Delgado sobre o número de membros do gabinete de Guterres ser maior que o do actual primeiro-ministro lembra este facto desconfortável.

Isso não quer dizer que o Gabinete de Santana esteja bem com 39 membros. Para acabar com esta polémica, porque não há uma lista a dizer quem são as pessoas e o que vão fazem?
Não é assim tão difícil e para o fazer só é preciso uma pessoa (das 39).

o Editorial sobre a Defesa Europeia fala sobre o que já se sabe: os americanos vão retira tropas da Europa e agora chegou a nossa vez de investir numa segurança comum. Um editorial "light", afinal é verão e as pessoas querem é não pensar muito.


Adriano Moreira em "o passivo", opina sobre a ONU ter deixado de fazer o lançamento público do Relatório do Desenvolvimento Humano na Europa. Aponta que a ONU e a CPLP tem a ganhar com a nossa maior visibilidade.

A "Lei da Selva" de Francisco Cabral discute o ecofundamentalismo, e afirma que a ecologia não deve ser sacralizada e que deve servir os interesses do homem. É uma visão equilibrada, um bocadinho...a ver a natureza como um objecto de consumo.

Público

O Editorial e as opiniões de Eduardo Prado Coelho (sobre ética no jornalismo e a comparação entre a "velha guarda" e os miúdos saídos da faculdade) e Vital Moreira são o que se aproveita. Se bem que a crónica de Vital Moreira é um bocado...entediante, com as questões do PS.

Jornal de Notícias

A destacar a notícia: "Assaltante apresenta queixa por furto
insólito Jovem foi queixar-se à PSP de roubo de telemóvel que ele próprio furtara momentos antes foi detido e confessou mais três assaltos"
.

Diário Económico

O editorial chama a atenção para a questão do favorecimento de algumas construtoras e financiamentos de um partido a partir de ligações entre a Camâra de Valongo e o clube de futebol local.

Blogues

O nascimento do Quadro Pintado, não pode passar despercebido.

Os blogues com o servidor Weblog.pt, caso do Tá de chuva e Void, estão inacessíveis.

No Indústrias Culturais (no meu entender, um dos melhores blogues nacionais) Rogério Santos, escreve sobre "O que é a televisão do real?". Acho que vale a pena, sob este tema, ler uma opinião no "The Guardian"A crise de qualidade nos Média, que o blog Jornalismo e Comunicação refere.

O Meialivraria é muito interessante. E se quiserem sentimentalismo Hardcore não percam o Magnif (vejam os comentários, que vale a pena).

O O Céu sobre Lisboa vale a pena ver.

Se quiserem curiosidades sobre os Mão Morta vão a
Kalidryad.

Sites

O Crítica (no meu entender, o melhor site nacional sobre Filosofia) tem um artigo sobre "Ética e relativismo cultural" que é um assunto muito actual e de espero falar num próximo post meu.

segunda-feira, agosto 23, 2004

Apelo da PJN 

A policia judiciária Norueguesa (PJN) solicita a divulgação do seguinte apelo: Ausentou-se ontem de casa de seu criador "O grito", na altura do seu desaparecimento, vestia um casaco castanho, tinha as mãos na cabeça e a boca escancarada, exibia uma expressão de dor. Sofre de perturbações existênciais.



Ele está a dizer - Ah!!! Deus está morto e o materialismo não me consola.

Os dizeres em Inglês foram retirados do
Museu Munch.

THE SCREAM, 1893 Tempera on board 83.5 x 66 cmM 514
The Scream has come more and more to be accepted as Edvard Munch's most significant motif - the very symbol of modern man, for whom God is dead and for whom materialism provides no solace. Munch wrote several versions of a prose-lyrical associated with the motif, one of which reads: I was walking along a path with two friends - the sun was setting - suddenly the sky turned blood red - I paused, feeling exhausted, and leaned on the fence - there was blood and tongues of fire above the blue-black fjord and the city - my friends walked on, and I stood there trembling with anxiety - and I sensed an infinite scream passing through nature.




-Eu também fui palmada, mas como sou menos famosa, ninguém me liga. Nem apareci nas 3h30m que dura o TVI jornal.

MADONNA, 1893-94 Oil on canvas 90 x 68.5 cm M 68
The aura-like lines around the model in this main motif from The Frieze of Life which ripple in a soft and suggestive rhythm, the half-closed and deep-set eyes allow us to sense the ecstasy of conception, the pinnacle of love but also an underlying pain. The red colour of the halo has the associations with both love and blood.



Obrigado pela colaboração.

quinta-feira, agosto 19, 2004

Os Jogos Olímpicos vistos por Leni Riefenstahl 











Wehre ist Heinz?

segunda-feira, agosto 16, 2004

Zé Maria 

Quando pensavamos que ele já estava morto, eis que...ZÉ MARIA EM NOITE NEGRA .



Isto é só paródia.


sexta-feira, agosto 13, 2004

"A Successful Blog 1 e 2" 

Blogs bem feitos . E o que podem fazer .



Cassetes pouco piratas 

As famosas cassetes compiladas pelo jornalista do "Correio da manhã" já chegaram!!! Estão na edição de hoje do jornal "O Independente".

Não perca as letras do album que está a aquecer o Verão!!! Com os melhores artistas: Carlos Cruz e Cª, Ferro Rodrigues, Paulo Pedroso e Sara Pina.

Também interessante é a coluna da directora, a jornalista Inês Lopes.

quarta-feira, agosto 11, 2004

Avião obrigado a aterrar de emergência por elemento da Al-Qaeda 

Sabiamos que a Al-Qaeda está a formar novos elementos, para ataques terroristas, mas nunca pensei que:

Gato no "cockpit" força aterragem


Um avião da companhia aérea SN de Bruxelas efectuou uma aterragem de emergência depois de um gato ter entrado no "cockpit" e ter atacado o co-piloto. O voo, que partira de Bruxelas com destino a Viena, decorria há 20 minutos quando um gato de um passageiro saiu da sua gaiola de transporte, "embora ainda não se perceba como", segundo um comunicado da companhia aérea, citado pela agência Associated Press.
O animal conseguiu entrar no "cockpit" quando estavam a ser entregues as refeições aos dois elementos da tripulação de voo. "Agitado e nervoso", o gato arranhou o braço do co-piloto, segundo um porta-voz da companhia. Por precaução, o comandante decidiu regressar a Bruxelas e os 58 passageiros deixaram esta cidade duas horas depois, num outro voo.
O gato tinha sido colocado num saco de transporte aéreo aprovado internacionalmente, em Oslo, na Noruega, mas a companhia admite alterar as regras sobre as viagens de animais na cabina dos passageiros, depois de concluir as investigações sobre este incidente.

In Público, 11-08-2004


terça-feira, agosto 10, 2004

"Café e cigarros" 

Ontem, fui ver o novo filme de Jim Jarmusch, "café e cigarros".

O King triplex

Há um ano que não ia a este cinema. Era um frequentador assíduo. Mas felizmente, e como era de prever, estava tudo na mesma: as cadeiras, alcatifas, o café, a livraria com preços "nada baratos", o bengaleiro e a sala de projecção. Tudo igual, provavelmente desde a abertura.

O filmezinho

O filme é um conjunto de pequenas histórias, em que há uma agradável incostância, que passa por: diálogos improvisados e outros trabalhados até à exaustão, aparecem duas ou três personagens, chá em vez de café, personagens que não fumam e impedem outras de fumar, etc... Os temas, variam entre: café, cigarros, pessoas, Tesla, o irmão malvado do Elvis, medicinas alternativas, etc...são conversas de café, mais ou menos filosóficas, mais ou menos banais.

As personagens

Boa escolha de actores, boa direcção. É muito interessante que os actores e actrizes fazem o papel deles próprios (será isto possível?).

Na história de Iggy Pop com o Tom Waits é típica. Está patente dois estilos diferentes, um muito solto outro muito agressivo, e quase nenhum ponto em comum à excepção da música.

Ou na história da Renée French e E.J. Rodriguez, em que há o jovem empregado de mesa tenta engatar uma miúda que simplesmente quer beber café e ler uma revista, ela conseguem passar uma ideia de sensualidade através da imagem e ele um modo de querer meter conversa mas não sabe bem como.

Entre Bill Rice e Taylor Mead, com percursos de vida completamente diferentes, pretendem e imaginam coisas muito diferentes.

Descobri também algumas personagens, como é o caso dos Wu-Tang e os gémeos Lee.

Conclusão

Um bom filme, bem realizado com excelente elenco, e muito bem dirigido. Não é contudo fácil, porque para entender completamente é preciso tem muitas referências sobre os actores e os seus estilos/caracteres, o que com o largo espectro é um pouco difícil.


segunda-feira, agosto 09, 2004

"O primo Basílio" 

Estou a acabar de ler, "O primo Basílio" do Eça de Queirós. Por sorte e graças ao Google, encontrei uma carta escrita pelo autor com destino a Teófilo Braga, em que entre outros assuntos, Eça descreve qual foi a sua ideia ao escrever o romace. Acho que vale a pena ler, a carta e o romance.

"O PRIMO BASÍLIO"
(CARTA A TEÓFILO BRAGA)

Newcastle, 12 de março de 1878.
Meu caro Teófllo Braga.
E de você que tenho recebido, depois das minhas duas tentativas de arte, as cartas mais animadoras e mais recompensadoras. E você, como o nosso belo e grande Ramalho, que mais me tem empurrado pra diante. Eu nunca respondi à sua excelente carta sobre o Padre Amaro; contava então ir a Lisboa, e lá conversar largamente consigo; o homem propõe, a ocasião dispõe - e as poucas semanas, que aí estive passaram, sem nos encontrarmos. Talvez você imaginasse que a sua carta de então me tinha passado sobre o espírito como água sobre guta-percha. Está bem enganado: embebi-me dela. Ela deu-me valor e arranque para me atirar ao Primo Basílio - com a consolação de que vale a pena escrever um livro quando se tem um leitor como você.
A sua última foi para mim um grande alívio. Eu estava-lhe com receio: como todos os artistas, creia, eu trabalho para três ou quatro pessoas, tendo sempre presente a sua crítica pessoal. E muitas vezes, depois de ver a Primo Basílio impresso, pensei: - "o Teófilo não vai gostar!" Com o seu nobre e belo fanatismo da Revolução, não admitindo que se desvie do seu serviço nem uma parcela do movimento intelectual - era bem possível que você vendo a Primo Basílio separar-se, pelo assunto e pelo processo, da arte de combate a que pertencia a Padre Amaro, a desaprovasse. Por isso a sua aprovação foi para mim uma agradável surpresa, e todavia a sua aprovação é mais ao processo que ao assunto, e você vendo-me tomar a família como assunto, pensa que eu não devia atacar esta instituição eterna, e devia voltar o meu instrumento de experimentação social contra as produtos transitórios, que se perpetuam além do momento que os justificou, e que de forças sociais passaram a ser empecilhos públicos. Perfeitamente: mas eu não ataco a família - ataco a família lisboeta - a família lisboeta produto do namoro, reunião desagradável de egoísmos que se contradizem, e mais tarde ou mais cedo centro de bambochata. No Primo Basílio que apresenta, sobretudo, um pequeno quadro doméstico, extremamente familiar a quem conhece bem a burguesia de Lisboa; - a senhora sentimental, mal-educada, nem espiritual (porque cristianismo já a não tem; sanção moral da justiça, não sabe a que isso é), arrasada de romance, lírica, sobreexcitada no temperamento pela ociosidade e pelo mesmo fim do casamento peninsular que é ordinariamente a luxúria, nervosa pela falta de exercício e disciplina moral, etc., etc. - enfim a burguesinha da Baixa; por outro lado o amante - um maroto, sem paixão nem a justificação da sua tirania, que a que pretende é a vaidadezinha de uma aventura, e a amor grátis; do outro lado a criada, em revolta secreta contra a sua condição, ávida de desforra; por outro lado a sociedade que cerca estes personagens - a formalismo oficial (Acácio), a beatice parva de temperamento irritado (D. Felicidade), a literaturinha acéfala (Ernestinho), o descontentamento azedo, e o tédio de profissão (Julião) e às vezes quando calha, um pobre bom rapaz (Sebastião). Um grupo social, em Lisboa, compõe-se, com pequenas modificações, destes elementos dominantes. Eu conheço vinte grupos assim formados. Uma sociedade sobre estas falsas bases, não está na verdade: atacá-las é um dever. E neste ponto o Primo Basílio não está inteiramente fora da arte revolucionária, creio. Amaro é um empecilho, mas os Acácios, os Emestos, os Saavedras, os Basílios são formidáveis empecilhos; são uma bem bonita causa de anarquia na meia da transformação moderna; merecem partilhar com a Padre Amaro da bengalada da homem de bem.
A minha ambição seria pintar a sociedade portuguesa, tal qual a fez a Constitucionalismo desde 1830 e mostrar-lhe como num espelho, que triste país eles formam - eles e elas. É o meu fim nas Cenas da vida portuguesa. É necessário acutilar o mundo oficial, a mundo sentimental, o mundo literária, o mundo agrícola, o mundo supersticioso - e com todo o respeito pelas instituições que são de origem eterna, destruir as falsas interpretações e falsas realizações, que lhe dá uma saciedade podre. Não lhe parece você que um tal trabalho é justo?
Enquanto ao processo - estimo que você o aprove. Eu acho no Primo Basílio uma superabundância de detalhes, que obtive, e abafo um pouca a ação; o meu processo precisa simplificar-se, condensar-se - e estuda isso; o essencial é dar a nota justa; um traço justo e sóbrio, cria mais que a acumulação de tons e de valores - como se diz em pintura. Mas isto é querer muito. Pobre de mim - nunca poderei dar a sublime nota da realidade eterna, como a divina Balzac - au a nata justa da realidade transitória cama a grande Flaubert! Estes deuses e estes semideuses da arte estão nas alturas - e eu, desgraçadinho, rabeio nas ervas intimas. E todavia se já houve sociedade que reclamasse um artista vingador é esta! E sobretudo, vista de longe no seu conjunto, e contemplada de um meio farte como este aqui (sejam quais forem os seus grandes males, forte decerto) que contrista, achá-la tão mesquinha, tão estúpida, tão convencionalmente pateta, tão grotesca e tão pulha!
Alegra-me que você queira escrever alguma coisa sobre o Basílio; a sua opinião, publicada, daria ao meu pobre romance uma autoridade imprevista. Dar-lhe-ia um direito de existência; e de todos os defeitos, faltas, ou erros que você notar - tomarei cautelosamente nota. Eu tenho a paixão de ser lecionado; e basta darem-me a entender o bom caminho para eu me atirar para ele. Mas a crítica, ou a que em Portugal se chama a crítica, conserva sobre mim um silêncio desdenhoso.
Como você viu bem o caráter do Basílio! Está claro que a fortuna nunca o poderia ter moralizado; a sua fortuna, como você diz, foi um bambúrrio; era pulha antes, um pulha pobre - depois tornou-se apenas um pulha rico. Pessoas amigas escrevem-me dizendo, que parece incrível que um homem que trabalhou na Brasil com valor; seja no fundo um canalha! Estranha opinião! A Bahia considerada - como a Fonte Santa da Purificação...
Basta de cavaqueira. Se você publica algum livro por esta ocasião - mande-mo; e se tiver par aí alguns volumes da sua História da literatura a de mais, e que lhe não façam falta, dê-os ao Ramalho que ele nos manda. Eu, os que tinha, perdi-os estupidamente, com as obras de Shakespeare, de V. Hugo, num caixote, caminho da Havre, e outras abras mais. Escrevi para o Porto a um amigo a mandá-los pedir; e nunca me respondeu sequer: e eu preciso deles para um pequeno trabalho. Se não se esquecer - lembre-se. Um abraço do

Seu grande admirador, e dedicado amigo velho,

Eça de Queirós.




sexta-feira, agosto 06, 2004

"0 Milhafre" 

alguns dias atrás o magnif, recomendou-me um texto do Eça- O Milhafre. Já o li e gostaria de partilhar convosco.

Só para adocicar:

"Depois os planetas, a Lua, a noite seguiam a sua viagem imensa para o oeste, e a leste começava uma claridade: eram as hesitações da luz do dia, medrosa por ter de descer às misérias dos homens."

"O homem entrou na casa arruinada e foi, através de pedras esverdeadas, de grandes humidades que escorriam, de madeiros apodrecidos, de muralhas leprosas de musgo, de escadarias miseráveis, até uma sala enorme, escura e trágica, e tão alta, que involuntariamente o olhar procurava as constelações naquela sombra."





quinta-feira, agosto 05, 2004

As Notícias - Comunicado 

O Público de ontem, publicou a notícia de que Portas Poupou 8 Milhões de Euros com Central de Compras , pela jornalista CATARINA PEREIRA.

O texto parece ser um resumo da comunicação feita por Paulo Portas. Onde está o trabalho de verificar se é verdade ou não o que ele diz. Onde estão as fontes independentes? Será que esta gente come tudo o que lhes dão?
Isto é sintomático. Fica a sensação, depois de se ter lido o artigo que se podia ao menos falar com alguém da oposição, nem que seja para ver outro ponto de vista.

O populismo não passa só por políticos demagogos, mas também por uma informação acrítica.

terça-feira, agosto 03, 2004

Desabafo sobre a Qualidade (ausência de defeitos) 

Pequenas merdas...fazem grandes diferenças. Não é refazer o que está mal, é fazer bem e à primeira. As pessoas têm de se diferenciar, e este é um critério...como outro qualquer.

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